domingo, 29 de junho de 2014

          O MODELO DOS MODELOS     

        "E A SUA RELAÇÃO COM O AEE "    


O autor cita alguns procedimentos combinatórios para aplicar em realidades diferentes atendendo cada necessidade de individuo para individuo .
O texto de Italo Calvino se relaciona muito claramente com o AEE , pois o trabalho com alunos com deficiência apresenta caracteristicas idênticas, sendo que cada aluno tem suas particularidades daí que o professor precisa de um modlo diferente para atender as especificidades de cada um .
De acordo com cada deficiência o professor busca meios diferentes para a descobrir as abilidades do alunos procurando desenvolver atividades que contribuam para o seu desempenho , visando superar as dificuldades e limitações destes .
É importante lembrar  que no AEE o Modelo dos Modelos , não acontece pois não existe receita pronta , ou o modelo ideal para o todo . No AEE , o professor procura investir em novas maneiras de trabalhar com seus alunos, contribuindo para transformação dos seus conhecimentos , avançando no que já sabe e construindo significados concretos para a sua vivencia social .


                                                 

sábado, 24 de maio de 2014

ATIVIDADE PARA ALUNOS COM TGD

                                                   PECS ADAPTADO


É um sistema de comunicação por trocas de figuras e permitiu que muitos jovens autistas adquirissem a habilidade de comunicação dentro do contexto social.
   A comunicação do PECS - Adaptado inicia com atos funcionais que coloca a criança em contato com reforçadores eficazes determinados pelos itens selecionados mais desejados e necessários . 

Os PECS são placas de comunicação alternativa que são muito uteis no trabalho com autista .

O professor de AEE deve selecionar essas placas de acordo com a necessidade do aluno , e mantendo o contato com a família , ele saberá intervir na forma de comunicação .
Essa atividade pode ser desenvolvida em casa e na escola para melhorar a comunicação e a interação social. 

  Esses recursos funcionam melhor quando são utilizados pelos pares por isso é importante nas observações feitas escola ajudar a turma a perceber os procedimentos que estão sendo utilizados tornando acessível a eles para o uso .

O material deve ser confeccionado levado em consideração a necessidade de ser de fácil manipulação e resistente ao uso cotidiano .
Pode ser utilizado por crianças autistas desde cedo , pois ela adquirirá habilidade de utilizar os símbolos e representações e futuramente ser ampliados .

domingo, 20 de abril de 2014

A DIFERENÇA ENTRE SURDOCEGUEIRA E DMU


A Surdocegueira é uma deficiência única que requer uma abordagem específica para favorecer a pessoa a pessoa com surdocegueira e um sistema para dar este suporte(Mclnnes-1999).O mesmo autor relata que muitos indivíduos com surdocegueira congênita ou que a adquiram precocemente têm deficiências associadas como físicas e intelectuais.A DMU caracteriza-se pela associação de duas ou mais deficiências.É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social.



AS NECESSSIDADES BÁSICAS DOS ALUNOS COM SURDOCEGUEIRA E DMU


O nosso corpo é a realidade mais imediata que temos como a descoberta de si mesmo e do mundo.Portanto as pessoas com surdocegueira e deficiência múltipla, necessitam desenvolver o esquema corporal para favorecer a sua percepção no mundo interior e exterior.Para que isso aconteça devemos buscar a verticalidade, a articulação e a harmonização de seus movimentos; a autonomia nos deslocamentos e movimentos; o aperfeiçoamento das coordenações viso motora, motora global e fina; o desenvolvimento da força  muscular.Essas pessoas que não apresentam problemas graves devem usar as duas mãos. Isso na tentativa de minorar as eventuais estereotipias motoras e pela necesssidade do uso de ambas para o desenvolvimento de um sistema estruturado de comunicação.


ESTRATÉGIAS PARA A AQUISIÇÃO DA COMUNICAÇÃO


Todas as interações de comunicação e atividades de aprendizagem devem respeitar a individualidade e a dignidade de cada aluno com deficiência múltipla. Isto se refere a pessoas que possuem como característica a necessidade de ter alguém que possa mediar seu contato com o meio.Assim ocorrerá o estabelecimento de códigos comunicativos entre o deficiente múltiplo e o receptor.

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quinta-feira, 20 de março de 2014

A Educação das pessoas com surdez

A educação das pessoas com surdez

                    Há dois séculos aproximadamente existe uma discussão sobre as ações desenvolvidas para a educação das pessoas com surdez, delegando responsabilidades, às concepções gestualistas e oralistas de acordo com as práticas pedagógicas específicas.
                    Daí as pessoas com surdez sofrem exclusão no espaço social das quais fazem parte, enquanto essas discussões se baseiam na aceitação de uma língua ou de outra .
                    Porém, por mais que as políticas estejam já definidas muitas questões e desafios ainda estão para ser discutidas, principalmente no espaço escolar e precisam ser revistas e mais esclarecidas, para que a escola comum e a escola privada demonstrem práticas de ensino condizentes e produtivas para educação com pessoas com surdez, como cita Damázio, Mirlene 2010..
”acreditarmos na nova Política Nacional de Educação Especial, numa perspectiva inclusiva, e não coadunamos com essas concepções que dicotimizam as pessoas com ou sem deficiência,, pois antes de tudo , por mais que diferentes nós humanos sejamos, sempre nos igualamos na convivência, na experiência , nas relações, enfim,  nas interações, com os seres humanos. Não vemos a  pessoa com surdez como o deficiente , pois ela não o é, mas tem perda sensorial auditiva, ou seja, possui surdez, o que a limita biologicamente para essa função perceptiva”.
                    Esse embate entre gestualistas e oralistas  portanto não teve bom empenho, pois ele prejudica o desenvolvimento dessas pessoas dentro da escola. O foco do fracasso escolar da pessoa com surdez não está só na questão de centralizar-se nessa ou naquela língua, mas também na qualidade e na eficiência das praticas pedagógicas. É preciso construir um campo de comunicação e interação amplo, proporcionando que as línguas tenham o seu lugar de destaque, mas que não seja o centro de tudo o que acontece nesse processo.
                    As pessoas com surdez não podem ser reduzidas ao chamado mundo surdo, com uma identidade e uma cultura surda. É no descentramento identitário que podemos conceber cada pessoa com surdez como um ser biopsicosocial, cognitivo, cultural, não somente na constituição de sua subjetividade, mas também na forma  de aquisição e produção de conhecimentos , capazes de adquirirem e desenvolvimento não somente os processos visuais-gestuais , mas também de leitura e escrita  e de fala se desejarem .
                    Pensar e construir uma pratica pedagógica que assuma a abordagem bilíngüe e se volte para o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com surdez na escola e fazer com que esta instituição esteja preparada  para compreender cada pessoa em suas potencialidades, singularidades e diferenças e em seus contextos de vida.
                    Na abordagem bilíngüe, a Libras e a Língua Portuguesa, em suas variantes de uso padrão , quando ensinadas no âmbito escolar, são deslocadas de seus lugares especificamente Lingüísticos e devem ser tomadas em seus componentes histórico-cultural, textual e pragmático, além de seus aspectos formais, envolvendo a fonologia, morfologia, sintaxe, léxico e semântica. Para que isso ocorra, não se discute o bilingüismo com olhar fronteiriço e territorializado, pois a pessoa com surdez não é estrangeira em seu próprio país, embora possa ser usuária de Libras, um sistema lingüístico com características e status próprios.
                    Portanto toda a compreensão das pessoas com surdez nestas perspectivas é que surge uma legitimação do AEE para essas pessoas por meio da Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva inclusiva que disponibiliza serviços e recursos, e que tem a funcionalidade em organizar o trabalho complementar para a classe comum visando a autonomia e à independência social, afetiva, cognitiva e lingüística da pessoa com surdez na escola e fora dela.
                    O AEE deve ser visto como uma construção e reconstrução de experiências e vivências conceituais, em que a organização do conteúdo curricular não deve estar pautada numa visão linear, hierarquizada e fragmentada do conhecimento. Ele promove o excesso dos alunos com surdez ao conhecimento escolar em 2 línguas : em libras e em L.P. , a participação ativa nas aulas e o desenvolvimento do  seu potencial cognitivo , afetivo, social e lingüístico com os seu colegas da classe comum .
                    Assim sendo, a organização didática do AEE PS é idealizada mediante a formação do professor e do diagnóstico inicial do aluno com surdez em seguida, o professor elabora o plano AEE PS, envolvendo três momentos didático-pedagógicos : Atendimento Educacional Especializado em Libras ; Atendimento educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa escrita; e o Atendimento Educacional Especializado para o ensino de Libras. Este plano de AEE PS deve  respeitar o ambiente comunicacional das duas línguas e a participação e interativa dos alunos com surdez, assegurando uma aprendizagem efetiva .  
DAMAZIO, Mirlene Ferreira, 2010, p 46 a 58. A Educação Escolar para pessoa com surdez, Atendimento Educacional Especializado  em construção.